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quinta-feira, 26 de agosto de 2010

JEAN-PAUL GAULTIER




Jean-Paul Gaultier (Arcueil, 24 de abril de 1952) é um estilista francês.

Gaultier não recebeu educação formal como desenhista. Começou enviando seus desenhos aos estilistas famosos de alta costura quando era muito jovem. Pierre Cardin se impresssionou pelo seu talento e o contratou como assistente em 1970. Sua primeira coleção individual foi lançada em 1976 e seu característico estilo irreverente data de 1981, tornando-o conhecido como enfant terrible da moda francesa.
Jean-Paul Gaultier fez trajes para a cantora Madonna na década de 1990. Promoveu o uso de saias, especialmente kilts, para os homens. Causou grande impacto nos desfiles ao usar modelos pouco convencionais, como homens idosos e mulheres gordas, modelos tatuadas e com piercings, entre outras excentricidades. Isto lhe valeu muita crítica mas também trouxe muita popularidade.
Criou também o figurino de muitos filmes, como em O quinto elemento, de Luc Besson; Kika, de Pedro Almodóvar; e The Cook the Thief His Wife & Her Lover, de Peter Greenaway entre outros. A turnê Blond Ambition Tour de Madonna também mostrava suas criações, incluindo o famoso soutien em formato cônico.
Atualmente desenha para três coleções: a sua própria linha de alta costura, a linha de roupas para lojas, assim como a linha de roupas da Hermès, luxuosa empresa francesa especializada em produtos de couro.
Gaulter também lançou uma linha de perfumes de muito êxito. Seu primeiro perfume, Classique, para mulheres, foi lançado em 1993, seguindo-se, dois anos depois, o perfume Le Mâle, para homens. Atualmente lançou o perfume Madame.

Moulage

A moulage é uma técnica francesa de modelagem tridimensional em que a criação se dá diretamente sobre o manequim, o que possibilita roupas com acabamento e caimento perfeitos, do ponto de vista da forma. A moulage é muito utilizada em alta costura, mas pode ser usada em outros segmentos, especialmente nas indústrias. É uma técnica muito antiga que, depois do movimento fashion durante a década de 1990, está sendo resgatada por profissionais e escolas de moda, mas adaptada às necessidades e possibilidades do momento.

A moulage permite que a criação tome formas imediatas em materiais de baixo custo, que permitem a visualização geral da criação. Depois do estudo elaborado, o tecido é transportado para o papel como molde definitivo em muito menos tempo e com precisão técnica. Diferentemente do que se pensa, a moulage é uma técnica perfeitamente aplicável à malha, aos processos industriais e à alfaiataria.




No Brasil a moulage chegou no começo da década de 1980, pelas mãos de uma modelista francesa, Janice Niepceron. No entanto, apesar se falar muito dela, ainda é uma técnica pouco conhecida e pouco aplicada, sobretudo pela indústria, que, em geral, faz uso da modelagem plana nas suas coleções. A moulage desperta desconfiança por parte das indústrias têxteis, todavia é um conhecimento essencial que deve estar presente nas indústrias e também nos cursos de moda de todo o Brasil.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Quem foi Christian Dior



Christian Dior nasceu em Granville (cidade portuária da Mancha), na França, no dia 21 de janeiro de 1905. Sua família tinha uma boa situação financeira na época, o que lhe garantiu uma infância e adolescência tranquilas.
Apesar de seu interesse em artes, especialmente o desenho, Dior acabou estudando ciências políticas, por influência de seu pai, com a intenção de seguir a carreira diplomática.
Entretanto, após terminar o curso, gastou seu tempo viajando pela Europa, até que, em 1927, abriu uma galeria de artes, em sociedade com o amigo Jacques Bonjean. Juntos, chegaram a expor alguns trabalhos de amigos, como Dufy, Christian Bérard e Jean Cocteau.
Em 1934, vítima de uma grave doença, Dior não podia contar com o dinheiro de sua família, que, desde 1931, atravessava sérios problemas financeiros.
Em 1935, já recuperado, começou a desenhar croquis para o "Figaro Illustre", jornal parisiense que os publicavam semanalmente na seção de alta-costura.
Após conseguir vender uma coleção de desenhos de modelos de chapéus, começou a fazer croquis de roupas e acessórios para várias maisons de Paris, até que, em 1938, Christian Dior realmente iniciou sua carreira no universo da alta-costura, como assistente do estilista suíço Robert Piguet (1901-1953).
Foi convocado para a guerra, que explodia na Europa, e atuou como soldado do corpo de engenheiros. Em 1941, foi trabalhar na maison do estilista francês Lucien Lelong (1889-1958), onde conheceu aquele que viria a ser um importante estilista, o francês Pierre Balmain (1914-1982).
Christian Dior sonhava em ter sua própria maison, o que pôde ser realizado com a ajuda financeira do então poderoso empresário de tecidos, Marcel Boussac, em 1946. O endereço, em Paris, era o número 30, da avenida Montaigne, o mesmo até hoje.
Sua primeira coleção foi apresentada no dia 12 de fevereiro de 1947 e causou um verdadeiro estardalhaço entre a imprensa. Aquele homem tímido e educado havia criado o eterno "New Look". Surgia aí um mito, Christian Dior, que viria se tornar sinônimo de sofisticação e elegância no luxuoso mundo da alta-costura.

Quando Carmel Snow, redatora da revista americana "Harper's Bazaar", viu os modelos apresentados por Dior, exclamou: "This is a new look!" Desde então, o nome original da coleção, que era "Ligne Corolle" (Linha Corola), se tornou conhecida como "New Look".
Em sua primeira coleção, Dior conseguiu mudar todo o conceito de praticidade e simplicidade das roupas femininas, até então uma necessidade dos tempos de guerra e uma tendência da moda criada por Chanel. Após tantos anos de restrições, a mulher necessitava se sentir novamente feminina e ansiava pela elegância e o luxo perdidos.
Dior acertou e criou modelos extremamente femininos, luxuosos, sofisticados e elegantes, inspirados na moda da segunda metade do século 19. Os vestidos e saias eram mais longos, o busto mais acentuado, a cintura bem marcada e as saias amplas.
Apesar das críticas, com relação a grande quantidade de tecido usado por ele para a confecção de vestidos e saias, ainda num momento díficil para a indústria têxtil, nunca um estilo de roupa chegou tão rápido às ruas. Mulheres de todas as partes do mundo copiaram seus modelos.
O modelo que se tornou o símbolo do "New Look" foi o tailleur Bar, um casaquinho de seda bege acinturado, ombros naturais e ampla saia preta plissada quase na altura dos tornozelos. Luvas, sapatos de saltos altos e chapéu completavam o figurino impecável. Com essa imagem de glamour, estava definido o padrão nos anos 50.

Em 1949, Christian Dior já tinha uma casa de prê-à-porter de luxo em Nova York, o perfume "Miss Dior" - lançado em 1947 e um clássico até hoje - e estava pronto para assinar os primeiros contratos de licença com sociedades americanas, o de meias e o de gravatas. A partir de 1950, surgiu um outro tipo de sociedade, incumbida do comércio por atacado e da difusão dos acessórios com o nome da maison Dior.
Em sua coleção de 1951, o estilo princesa ficou consolidado como sua marca, mas a novidade foi o uso do terno masculino em roupas femininas. Dior apresentou um tailleur em lã cinza, que expressava todo o conceito de masculinidade, transportado às roupas femininas.
Criou a linha H, em 1954, que era a base de toda a coleção, com modelos que erguiam o busto ao máximo e baixavam a cintura até os quadris, criando a barra central da letra H.
Também criou modelos luxuosos, com muita seda e tule bordado com incrustações drapeadas, como no vestido de baile "Chambord", que para ele significava o luxo ao redor da cintura, além dos vestidos de tecidos diáfanos, com várias saias sobrepostas e comprimentos variados.
A linha Y surgiu em 1955 e mostrava um corpo esguio com a parte superior mais pesada, com golas grandes que se abriam em forma de V e a "Linha A" trouxe vestidos e saias que se abriam a partir do busto ou da cintura para formar os dois lados de um A.
Fortes referências da marca CD até hoje, e que ficaram famosas durante os anos 50, são as estolas, as mangas três quartos, além do conjunto em tons pastéis de cardigã, blusa e saia de crepe.
Ainda em 1954, Londres ganhou uma sucursal da grife e uma butique foi anexada à maison de Paris. Mais tarde, surgiram echarpes, lenços de seda, luvas, bijuterias e lingeries com a assinatura Christian Dior, além das sucursais em Caracas, Austrália, Chile, México e Cuba.
Mulheres famosas usaram suas criações, como as atrizes Brigitte Bardot e Marlene Dietrich, a cantora Edith Piaf e a princesa Grace de Mônaco.
Christian Dior morreu em 24 de outubro de 1957, na estação termal Toscana de Montecatini, na Itália, deixando um verdadeiro império do luxo construído, com 28 ateliês e 1.200 empregados.

Durante dez anos, Christian Dior foi o estilista mais cultuado e admirado no mundo da moda, suas criações foram sucesso e seu nome associado a elegância e refinamento.
Para assumir a direção de criação da grife, após a morte de seu criador, foi escolhido o então jovem talento Yves Saint-Laurent, que chegou a provocar uma certa controvérsia por ter criado peças pouco tradicionais para a marca, como jaquetas de couro preto e vestidos curtos. Em 1960, Saint-Laurent foi convocado para servir na guerra da Argélia e em 1962, já de volta a Paris, abriu sua própria maison. Seu lugar foi ocupado por Marc Bohan, estilista francês experiente. Seus modelos eram esguios e seus modelos mais influentes foram apresentados em 1966, baseados no filme "Doutor Jivago", com casacos amplos acinturados, vestidos longos e botas.
Em 1989, numa tentativa de renovar a marca, o italiano Gianfranco Ferré foi escolhido como o novo nome da Christian Dior. Em sua primeira coleção, ele ganhou o prêmio "Dedal de Ouro", oferecido pela empresa Helena Rubinstein ao melhor estilista de cada temporada. Seu estilo de linhas arquitetônicas e corte seco foi sucesso até 1997, ano em que assumiu o inglês John Galliano, atual designer da grife.
Desde 1984, a marca CD é controlada pelo grupo LVMH (Môet-Henessy Louis Vuitton), primeira empresa mundial do comércio de luxo, do engenheiro francês Bernardo Arnault, que também é dona dos perfumes "Miss Dior" e "Poison", ambos da marca CD.
No Brasil, a loja Christian Dior, em São Paulo, é a única da América Latina e foi inaugurada em 1999

Você é Criativo ?



Como ser Criativo



A criatividade não é um dom especial que só algumas pessoas possuem.

Você pode desenvolver sua criatividade se buscar continuamente a informação sobre tudo que o cerca, se tiver sensibilidade para todas as coisas que acontecem à sua volta e curiosidade para descobrir o que se esconde nas aparências dos fatos, dos objetos, das pessoas.

A inspiração, o "click", é o resultado final de muita leitura, observação e análise. A inspiração é o momento em que o arquivo mental entra em ação e abre-se uma gaveta com uma grande idéia. Para que esta gaveta se abra, o arquivo tem que ser abastecido.

Aproveitando as idéias do professor Whitt N. Schultz, da Universidade de Buffalo nos Estados Unidos, famosa por seus cursos de criatividade, a Tilibra preparou estas dicas para que você tenha muitas idéias criativas e brilhantes.




Você pode desenvolver sua criatividade se buscar continuamente a informação sobre tudo que o cerca, se tiver sensibilidade para todas as coisas que acontecem à sua volta e curiosidade para descobrir o que se esconde nas aparências dos fatos, dos objetos, das pessoas.

A inspiração, o "click", é o resultado final de muita leitura, observação e análise. A inspiração é o momento em que o arquivo mental entra em ação e abre-se uma gaveta com uma grande idéia. Para que esta gaveta se abra, o arquivo tem que ser abastecido.


  1.   Saiba que há um tesouro em sua cabeça - uma mina de ouro entre suas orelhas. Construir um computador com as mesmas características do seu cérebro custaria mais do que 3 bilhões de bilhões de dólares.
Sabe como se escreve isso?
Assim, um três e dezoito zeros:
US$3.000.000.000.000.000.000,00

  2.   Todo dia escreva pelo menos uma idéia sobre estes assuntos: como eu posso fazer meu trabalho melhor; como eu poderia ajudar outras pessoas; como eu posso ajudar minha empresa; como eu posso ajudar o meu país.

  3.   Escreva seus objetivos específicos de vida. Agora, carregue esta relação no bolso - sempre.

  4.   Faça anotações. Não saia sem papel e lápis ou algo para escrever. Anote tudo, não confie na memória.

  5.   Armazene idéias. Coloque em cada pasta um assunto. Idéias para a casa, para aumentar a sua eficiência no trabalho, para ganhar mais dinheiro. E vá aumentando este banco de dados através de leitura, viagens, conhecimento com novas pessoas, filmes, competições esportivas etc.

  6.   Observe e absorva. Observe tudo cuidadosamente. Aproveite o que você observa. E principalmente, observe tudo como se fosse a última vez que você fosse ver.

  7.   Desenvolva uma forte curiosidade sobre pessoas, coisas, lugares. Ao falar com outra pessoa faça com que ela se sinta importante.

  8.   Aprenda a escutar e ouvir, tanto com os olhos quanto com os ouvidos. Perceba o que não foi dito.

  9.   Descubra novas fontes de idéias. Através de novas amizades, de novos livros, de assuntos diversos e até de artigos como este que você está lendo.

  10.   Compreenda primeiro. Depois julgue.

  11.   Mantenha o sinal verde de sua mente sempre ligado, sempre aberto.

  12.   Procure ter uma atitude positiva e otimista. Isso ajuda você a realizar seus objetivos.

  13.   Pense todos os dias. Escolha uma hora e um lugar para pensar alguns minutos, todos os dias.

  14.   Descubra o problema. Ataque seus problemas com maneiras ordenadas. Uma delas é descobrir qual é realmente o problema, senão você não vai achar a solução. Faça seu subconsciente trabalhar. Ele pode e precisa. Dia e noite. Fale com alguém sobre a idéia, não a deixe morrer.

  15.   Construa GRANDES idéias a partir de pequenas idéias. Associe idéias. Combine. Adapte. Modifique. Aumente. Diminua. Substitua. Reorganize-as. E finalmente, inverta as idéias que você tem.

  16.   Evite coisas que enfraqueçam o cérebro: barulho, fadiga, negativismo, dietas desequilibradas, excessos em geral.

  17.   Crie grandes metas. Grandes objetivos.

  18.   Aprenda a fazer perguntas que desenvolvam o seu cérebro: Quem, Quando, Onde, O quê, Por quê, Qual, Como.

  19.   Coloque as idéias em ação. Lembre-se de que uma idéia razoável colocada em ação é muito melhor que uma grande idéia arquivada.

  20.   Use o seu tempo ocioso com sabedoria. Lembre-se de que a maior parte das grandes idéias, os grandes livros, as grandes composições musicais, as grandes invenções foram criadas no tempo ocioso dos seus criadores.


Apenas para confirmar que a criatividade não é um dom, mas um potencial a ser explorado à sua volta e dentro de você, vamos ver o que grandes inventores e pensadores escreveram sobre CRIAR:

"As pessoas que vencem neste mundo são as que procuram as circunstâncias de que precisam e, quando não as encontram, as criam."
(Bernard Shaw - Filósofo)

"Minhas invenções são fruto de 1% de inspiração e 99% de transpiração."
(Thomas Edison - Inventor)

"As mentes são como os pára-quedas: só funcionam se estiverem abertas."
(Ruth Noller - Pesquisadora da Universidade de Buffalo)

"As boas idéias vêm do inconsciente. Para que uma idéia seja relevante, o inconsciente precisa estar bem informado."
(David Ogilvy - Publicitário)

Compreenda o processo criativo

Catherine Patrick descreve as fases do processo criativo em seu livro "O que é o pensamento criativo".

1. Preparação

É a fase de coleta e manipulação do maior número de dados e elementos pertinentes a um problema. Ler, anotar, discutir, colecionar, consultar, rabiscar, cultivar sua concentração no assunto.

2. Incubação

É quando o inconsciente entra em ação e, desimpedido pelo intelecto, elabora as inesperadas conexões que constituem a essência da criação.

3. Iluminação

O momento da gênese da idéia, a iluminação ou síntese ocorre para o homem criativo em incubação nos momentos mais inesperados.

4. Verificação

Nesta fase, o intelecto termina a obra que a imaginação iniciou. O criador analisa, julga e testa sua idéia para avaliar sua adequação.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Sobre Coco Chanel !


"Coco Chanel não estava apenas à frente de seu tempo. Ela estava à frente de si mesma. Se olharmos para o trabalho de estilistas contemporâneos, veremos que muitas de suas estratégias ecoam o que Chanel já fez. Há 75 anos ela fez uma mistura do vocabulário de roupas femininas e masculinas e criou uma moda que deu ao usuário um sentimento de luxo íntimo, em lugar da ostentação; estes são apenas dois exemplos de como seu gosto e senso de estilo ultrapassam a moda atual." Assim a jornalista Ingrid Sischy definiu o trabalho de Coco Chanel para a revista norte-americana "Time".

Gabrielle Bonheur Chanel nasceu numa família pobre. Sua mãe morreu quando ela tinha seis anos, deixando-a com mais quatro irmãos aos cuidados do pai. No período entre 1905 e 1908 adotou o nome de Coco, durante uma breve carreira de cantora de café-concerto.

Envolvendo-se primeiro com um rico militar e depois com um industrial inglês, Coco Chanel conseguiu recursos para abrir uma pequena chapelaria, em 1910. Abriu mais duas filiais, em Biarritz e em Deauville. Seus dois protetores também a ajudaram a conseguir clientes, homens e mulheres, que passaram a freqüentar sua loja. Suas criações logo caíram no gosto do público e seus negócios se expandiram para o ramo da moda.

Nos anos 1920, Chanel já era uma designer influente. Começou a desenhar roupas confortáveis, com tecidos fluidos, peças emprestadas do guarda-roupa masculino e saias mais curtas, em contraste com a silhueta feminina rígida da época. Em 1922 criou o famoso perfume Chanel n° 5, que alavancou seus negócios e se tornou legendário.

Durante a Segunda Guerra Mundial Chanel chegou a trabalhar como enfermeira, uma vez que os negócios de moda estavam em baixa. Nesta época envolveu-se com um oficial nazista, o que lhe custou o exílio. Em 1954 voltou a Paris e retomou seus negócios na alta costura.

Sua carreira teve um renascimento nos anos 1950. O cárdigã, o vestido preto, as pérolas tornaram-se marca registrada do estilo Chanel. A marca Chanel acabou tornando-se um grande império, que inclui bolsas, sapatos, jóias, acessórios e perfumes. No ano de sua morte, aos 87 anos, Coco Chanel ainda trabalhava ativamente, desenhando uma nova coleção

Sexy ou vulgar ?




A maneira como uma garota se arruma, pelo menos à primeira vista, diz muito sobre seu jeito de ser. Roupa, maquiagem e acessórios demonstram a personalidade de cada uma. Não há dúvida de que modelitos provocantes, justos, curtos e transparentes atraem os olhares masculinos. Mas atenção meninas, é preciso cuidado para não exagerar nos detalhes, tornar a produção provocante demais e acabar afugentando os meninos. Conversamos com alguns garotos para saber suas opiniões sobre a diferença entre ser sexy e vulgar, e eles são unânimes: insinuar é sempre mais sexy do que mostrar.

“Ser sexy não está relacionado com exposição do corpo. Uma pessoa inteligente, que tenha uma boa conversa e seja educada é extremamente sexy”, diz o estudante Roberto da Silveira, 20 anos. Os garotos também destacam que não é preciso que a menina seja absurdamente bonita, muito menos que vista as roupas mais caras e de marcas badaladas. Para ser uma mulher sexy é preciso, mais do que qualquer coisa, atrair, ser interessante e saber estimular as outras pessoas.

Ninguém consegue esbanjar sensualidade vinte quatro horas por dia, mas existem momentos em que um pouco de sedução facilita contatos. Não há lugar melhor para isso do que nas baladas. Nessas ocasiões é que a mulherada aposta em figurinos mais insinuante. Não é preciso incorporar uma personagem e fingir ser outro tipo de pessoa. Mais do que insistir em usar o que veste os corpinhos esguios das modelos nas passarelas e atrizes fatais do cinema, valorize aquilo que você tem de melhor, não só no seu corpo mas principalmente na sua atitude. “Às vezes, não é nem tanto a roupa que faz uma menina vulgar e sim o seu jeito espalhafatoso”, diz o analista de sistemas Guilherme Deziderio, 21 anos.

Se a garota não tem a barriga retinha, um piercing no umbigo provavelmente não vai cair muito bem. Não que tenha que estar com um corpo perfeito para ser provocante, muito pelo contrário. Mesmo porque ser sarada, com curvas perfeitas, não é sinônimo nem garantia de ser sexy. Uma maneira de olhar, um sorriso, a maquiagem e a roupa certa, por exemplo, podem fazer toda a diferença e serem muito mais eficazes. “As mulheres que sabem se arrumar, chamando atenção para aquilo que têm de mais bonito em si são as mais sexy”, ressalta o estudante de Educação Física, Paulo Silva, 22 anos.

Prefira roupas que sugerem o que está embaixo às que deixam tudo à mostra: “A garota tem que ter, acima de tudo, elegância. Não adianta querer mostrar tudo, porque não vai exigir muita imaginação de um homem, e isso não é nada atraente. Tem que instigar o desejo e a curiosidade masculina”, afirma o estudante universitário Eduardo Rodrigues, de 24 anos.

Portanto, garotas, confiar em si e ter auto-estima elevada é mais do que o primeiro passo para ser sedutora. Não adianta recorrer a saias curtíssimas e decotes avantajados. Pode ficar vulgar demais, inadequado, ou até mesmo feio. Estar de bem consigo mesma, com certeza, é a chave para exibir o seu lado sexy.

Por Camila Stahelin

terça-feira, 13 de julho de 2010

Plágio Na Moda



A eterna busca pelo novo no universo da moda é algo que está além do que se vê nas passarelas e em grandes marcas. Buscar algo que transforme este mundo talvez seja o mote do discurso atual, pois é fato, que hoje em dia, a meio que se tornou um lugar comum no sentido negativo, mas não pejorativo, pois se percebe que por muitas vezes o exagero e o extravagante sejam os únicos métodos de se atingir tal feito, o de chamar a atenção.

Conceito? Autoria? Pode até ser, mas moda também é vestir-se. E cá venhamos, vestir-se bem e confortavelmente. Não adianta nada um grande estilista ser criativo e não podermos usar suas criações, por ‘N’ motivos, como volume, peso, espaço, diâmetro, cores, e que não prejudique o nosso bolso, por que não? Novamente, tais vestimentas conceituais passarão por crivos financeiros e serão reduzidos ao que seja comercial, sendo relidos em novas peças mais “wearables” ou usáveis. O mundo é ágil e ele exige que a pessoa seja mais ágil ainda.

O pecado mora ao lado, quando se quer ser ‘avant garde’, pois o mundo da releitura e ou da autoria é sutil, uma linha fina que separa os dois, mas ao mesmo tempo os une. Indefectível como o Yin e Yang. Coisas distintas, mas que uma sem estar atrelada à outra não existem. Perdem-se, desfazem-se, pela premissa de que na moda, tudo já foi feito. Um dado relevante vem de Paris, em que Marie Rucki, do Studio Berçot afirma que a última novidade da moda foi a minissaia.

Todos que acompanham a moda devem ter se deparado com a matéria de Daniela Pinheiro para a Revista Piauí, em que ela faz uma crítica sobre a autoria e cópia das roupas feitas por estilistas internacionais e nacionais, respectivamente. Na matéria, ela começa a descrever duas peças idênticas feitas por duas estilistas diferentes:

“Paris, outubro de 2005. No desfile da grife Chloé, uma modelo de cabelos escuros percorre a passarela num vestido mostarda de mangas compridas, na altura do joelho, com dois enormes bolsos laterais, três pares de botões na altura do peito e uma espécie de lapela branca que cruza o pescoço.










Rio de Janeiro, janeiro de 2006. No desfile da grife Layana Thomaz, uma modelo de cabelos escuros percorre a passarela num vestido caramelo de mangas compridas, na altura do joelho, com dois enormes bolsos laterais, três pares de botões na altura do peito e uma espécie de lapela branca que cruza o pescoço”.

Essa matéria em especial mostra através de imagens comparativas o plágio descarado que certos estilistas brasileiros fazem com o produto importado. Falta de criatividade? Aposto que não. Arrisco o palpite que o fator predominante seja o de capital de giro. Quer queira quer não, as marcas sobrevivem através da venda, que resumidamente tem a premissa das peças comerciais e não do conceitual, que não sustentam uma marca.

E por falar em riqueza, a jornalista levantou uma postura polêmica, pois quem realmente entende de moda, estuda ela, pesquisa-a fundo, sabe que os conceitos de moda praticamente surgiram desse fator. Oras, dizer o contrário é ir de frente com os registros históricos. Sabemos que a história da moda data-se da era medieval, com o surgimento dos burgueses mercantilistas que se enriqueceram e começaram a ter poder aquisitivo para se igualar a Nobreza da época, e por questões de status e das Leis Suntuárias, estes nobres começaram a se diferenciar com detalhes, cores, formas, e novos materiais em suas roupas.

Pelo viés mercadológico, a grande realidade nacional, é que quem sustenta a moda, no nosso caso, é a classe média, que infelizmente, não tem condições de pagar R$450 à R$ 820 numa calça jeans criativa, diferente, moderna. O preço do status no Brasil é caríssimo e pra poucos, e existem muitas marcas novas surgindo que precisam firmar bases sólidas no mercado. O que falta, talvez é informação, de que uma marca tem insumos, custos, folha de pagamento, e que tudo isso demanda divisas (capital), que por muitas vezes ‘precisa’ vir de algum lugar ‘certeiro’. Tão certeiro como uma peça de roupa feita por um estilista criativo, que por ventura seja estrangeiro, e que seja super comerciável por aqui.

Alexandre Herchcovitch é um dos maiores expoentes da moda conceitual no mercado brasileiro, e ai dele se ele não o for. Ele se firmou como conceitual, mas não podemos esquecer que além da marca própria, ele assina produtos pra outras marcas. A verdade é que com esse dinheiro dos royalties é que ele se permite ser criativo na sua própria marca. Sem isso não daria.

A grande verdade é que sempre haverá os que criam, os que comercializam e os que criam e comercializam. Num mundo extremamente globalizado, com o fluxo de informações sendo geradas instantaneamente, a cada segundo, como um piscar de olhos, talvez essa rapidez seja a grande culpada da história. Não há criminosos no universo da moda. “Quem tem pressa come cru e quente” já dizia o ditado.

Quem nunca comprou ou ficou encantado com os preços baixíssimos da Zara que joque a primeira pedra.

Por Diego Carvalho